segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A dança do jarro


A dança do jarro está intimamente ligada ao elemento água. É uma dança folclórica surgida no Antigo Egito que demonstrava a alegria dos povos beduínos quando ocorriam as cheias do Rio Nilo. O jarro é utilizado na cabeça, nos ombros e na cintura em movimentos graciosos, geralmente, ao som do Falahi ou do Said.

Um tanto de ousadia


Nas férias de junho deste ano ano, incentivada por uma amiga, resolvi entrar nas aulas de dança do ventre. Minha intenção inicial era só fazer a aula experimental: o jazz não saia da minha cabeça...E foi assim até a terceira aula quando fui apresentada a uma nova professora. A partir daí fui sensibilizada de maneira distinta. A paixão pela dança e por ensinar se fez ( ainda se faz) presente em cada passo que me era ensinado. Junto à paixão veio a dedicação e a busca pela excelência; o que se tornou a marca de Aisha. Minha maior resistência, porém, era deixar o ventre à mostra.Isso me preocupava...

Aos poucos fomos todas nos conhecendo e, o mais importante: redescobrindo os nossos próprios corpos, cada detalhe e passamos a ver o que cada um deles tinha de mais bonito e de único também. As aulas viraram verdadeiras reuniões nas quais trocávamos sugestões, conselhos, confidências e sobretudo sorrisos ( que o diga Marcela sorridente).

Hoje, a dança é minha terapia e a cada dia ela se mostra mais bela e me reconquista com seus segredos. No último dia 29, ainda com os olhos míopes, resolvi me juntar às colegas e nos apresentamos a um público que não era só Aisha. Vencemos a timidez. Abraçamos a ousadia.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A Dança e a Saúde


Já postei aqui sobre os benefícios fisiológicos e psicológicos que a dança do ventre proporciona. Lendo uma matéria da Globo.com, descobri um projeto em São Paulo que usa a dança como terapia no tratamento de mulheres com câncer de mama. O projeto surgiu com a professora de dança e fisioterapaeuta Thatiane, preocupada em reaver a auto-estima das pacientes.


A reconquista não só da auto-estima, mas da feminilidade é fundamental para mulheres de qualquer idade e tipo físico. Não há discriminações na dança , o que a permite alcançar um número ilimitado de pessoas, trazendo benefícios únicos.


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Dakbe, a dança do Líbano





A palavra “dakbe” significa bater no chão com os pés. (...) O dabke é constituído de uma longa fila, em que todos executam os mesmos passos. Na ponta, ficam dançarinos mais hábeis, que realizam evoluções arrojadas. Os adereços usados não são muitos. O masbaha é um deles – compõe-se de um colar de contas – que é girado por quem está “puxando” o dabke.A dança é acompanhada pelo derbake (tambor feito com cilindro de argila sobre o qual é esticada uma pele de cobra), ney (flauta longa de bambu) e mijwiz (flauta embarrilhada dupla de alta diapasão).


(...)A base de todos os dabkes é um som chamado daloonah, sobre o qual se desenvolve o canto e as evoluções da dança. Os homens usam alças tradicionais, de nome shiruel, e botas, invariavelmente. Uma faixa vermelha é colocada na cintura e pode apresentar outras cores. Coletes compõem o conjunto, e podem ser negros ou de cores variadas. Na cabeça os homens usam o tarbush, um chapéu cônico avermelhado conhecido em vários países como “Fez”, com uma faixa amarrada junto a testa.Também é comum homens dançarem sem nada na cabeça ou então com o kefyeh, lenço do turbante.As roupas das mulheres são mais coloridas, para provocar contraste com as masculinas. Algumas vezes, usam cestos de palhas ou jarros na cabeça para executar coreografias. (...)


Assim é a dança folclórica nacional do Líbano. Em alguns vilarejos nas montanhas daquele país, esta tradição ainda é respeitada.No entanto, vários grupos e festivais retomaram a antiga dança profissionalmente, a partir dos anos 1960. É o caso da companhia teatral Anwar, fundada por Wadiha Jarrat, muito famosa em todo o Oriente e que estabeleceu um padrão de excelência para o dakbe.
Fragmentos retirados de : www.lulusabongi.com.br

domingo, 16 de novembro de 2008

Sobre danças folclóricas



Khaleege ou Khalije e é uma dança também conhecida como Raks El Nacha´at. Em árabe, esta palavra significa "golfo". Dança dos países do Golfo Pérsico e Península Arábica.Tradicionalmente feita por mulheres e em grandes círculos, mas hoje homens também podem dançar. Há 03 estilos de Khaleege:

1) Tribal: do Golfo Pérsico
2) Iraquiano: Influência cigana, parecido com o que vemos hoje
3) Maghreb: Influência do Norte da África.

A execução da dança, ao som do ritmo Soudi, traz uma simples marcação para os pés, que se mantém constante e presente todo o tempo. Além dessa marcação, há movimentos de cabeça (com destaque para os cabelos), de mãos, braços, e tronco. O quadril, ao contrário da dança do ventre, praticamente não se move.


Mais:http://www.ayshaalmee.com/dftxt.htm
http://www.centraldancadoventre.com.br/content/view/27/53/


O legal da dança do ventre é que ela permite essa ponte com o passado e o presente constantemente. Esse post tem a ver com minha última conversa com Aisha na semana passada. Falávamos sobre tradição e modernidade e como ela diferia nesse aspecto em relação a uma outra profissional da área ( não convém aqui nomes). Paradoxalmente, perdi a aula de Khaleege, mas minha curiosidade não me deixou muito longe de aprender o mínimo que fosse sobre a dança folclórica.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um clássico!

Postei esse vídeo porque Shakira executa perfeitamente os passos da dança do ventre, no entanto, me emocionei ao ouvi-la fazer a abertura da apresentação com o clássico da música árabe: Enta Omri ( "Você é minha vida") feita por Ahmed Chafik Kamel para Om Kolthoum (pronuncia Um Kulthum) , maior diva da música árabe. A música tornou-se um hino e até hoje é disseminada entre os aprendizes da dança do ventre.

Não é uma batucada


Há quem costume achar que na música árabe tudo é uma "batucada" e está resolvido. Aliás, esse príncipio de achar que tudo é uma mera "batucada" estende-se a outros estilos musicais, principalmente, os de origem oriental. É uma inverdade. Não somente na música árabe como em outros gêneros também. No caso da música árabe, há especificidades de ritmos utilizados para momentos distintos da dança. A marcação do ritmo é de enorme serventia para quem vai dançar distinguir os "tempos" da música e se é adequado ou não usar determinado passo.

Dos ritmos que me foram apresentados, o Said é o que mais me agrada, por enquanto.

Conheça os outros!

domingo, 9 de novembro de 2008

Dança com Candelabro ou Raks El Shamadan



Dança na qual a bailarina usa um candelabro sobre a cabeça. Recomenda-se que haja um véu sobre a cabeça, embaixo do candelabro. O candelabro pode ter de 7 a 14 velas, dependendo da preferência. Quanto menor o número de velas, menor o candelabro, e mais delicado. Sua provável origem é grega ou judaica. (...) .É comum que uma bailarina entre como em um cortejo à frente dos noivos, dançando com o candelabro.
Desta maneira ela procura iluminar o caminho do casal, como uma forma de trazer felicidade para ele. É uma dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas. (...)
De qualquer forma é importante que a música seja lenta, pelo menos na maior parte do tempo, pois com o candelabro não é possível realizar muita variedade de movimentos rápidos.É uma dança que requer mais movimentos delicados e sinuosos, além de bastante equilíbrio.
Fonte: http://www.centraldancadoventre.com.br/





Esse post não tem a ver com minha última aula ( 08/11). Até porque o uso de candelabro só é feito por dançarinas com muito mais tempo de prática, no entanto, é uma das modalidades da dança que mais chama minha atenção. É no mínimo exótico ver uma dançarina surgir no palco com mais de meia dúzia de velas na cabeça. Equilibrar o candelabro não é o suficiente: é preciso demonstrar graciosidade e leveza e por fim, dançar. Ufa!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O espaço Tarhira promove workshop e noite árabe com Maya Gaorry


O espaço Tarhira, situado no bairro do Caminho das Árvores, agendou para o mês de dezembro um workshop internacional e uma noite árabe com a dançarina Maya Gaorry. Os eventos acontecerão entre os dias 7 e 8 de dezembro de 2008. A programação conta com a interpretação da coreografia "Alf Leila Wa Leila" e a dança beduína Hagalah entre outros.

Para maiores informações:
Espaço Tarhira - (071) 3452-3119 / (71) 9104 1625

domingo, 2 de novembro de 2008

Noite Árabe em Salvador


Para os fãs de dança do ventre ou amantes da música árabe, no póximo dia 29 ocorrerá em Salvador um evento que reunirá dançarinas e suas pupilas. A chamada "Noite Árabe" promete no que diz respeito à decoração,buffet e música típicos da cultura árabe.


O evento ocorrerá no spa Madresilva em Itapuã, próximo à praça do poeta Vinicius de Moraes. A partir das 19h.


Não perca!

sábado, 1 de novembro de 2008

Dança dos Sete Véus

A história da Dança dos Sete Véus apresenta origem difusa. As informações fornecidas pelos historiadores apresentam muitos pontos divergentes. Até 1950, não havia uma popularização da dança no cenário ocidental. As bailarinas só poderiam ser vistas em casas noturnas étnicas.Geralmente, não faziam uso de véus, somente quando usavam era por exigência das influências hollywoodianas por mulheres seminuas.
O véu surge como um prolongamento dos braços da dançarina. Tem o intuito de proporcionar graciosidade, leveza e chamariz para entrada da dançarina no palco.
Nas regiões ocidentais, muitas das vezes, o véu é utilizado em grande parte da apresentação. No Oriente, ao contrário, o véu só é usado par afazer entradas. O tamanho dos véus é definido pela própria dançarina, o que melhor se adequar aos seu corpo e à apresentação.
Mais:

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Flamenco Árabe ou Zambra

A Zambra, ou Flamenco árabe é a fusão de movimentos de danças de povos nômades ancestrais. Para ficar mais claro, é só observar um pouco da formação etnológica da população da Andaluzia, anterior ao surgimento do flamenco: Tartésico - habitantes das cidades ao Sul da Espanha, estabelecidos principalmente na região do vale de Guadalquivir. São povos descendentes das dinastias egípcias, que viviam à margem do Nilo. De seus ancestrais herdaram à ligação ao mundo espiritual e à magia. Durante o século VII, as invasões árabes levaram à Espanha dois povos de diferentes regiões e culturas: os procedentes da ásia,região de Damasco (turcos - povos originalmente mongóis) e os bérberes (conhecidos por mouros), provenientes do norte da áfrica. Ambos introduziram seus costumes, dança e música ao povo andaluz, e também influenciaram com as tradições religiosas de seus povos, astradições maometanas, facilmente reconhecidas no cante flamenco.

As performances de Zambra são uma mistura de coreografias e improvisação. As danças de grupo e em duo são habitualmente coreografadas, enquanto as apresentações solo são improvisadas, e variam de acordo com a personalidade da bailarina e o seu estado de espírito. É uma dança que tenta, de alguma forma, recriar as tradições de danças com origem nos primórdios da civilização, mas dá abertura para que trabalhemos com o que deu origem a esta forma de dança, a fusão, ousadia, experimentação e criatividade.

Mais: http://www.dancealmha.com/videos-zambra.htm


Para bailar!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dança com Snujs

Os snujs ou sagats são quatro pequenos címbalos de metal, usados dois em cada mão, nos polegares e nos dedos médios das dançarinas. Dançar com snujs é um hábito dos povos gawazzy.
A dançarina gawazzy sempre faz suas performances com os snujs.Os som dos Snujs servia para a invocação da Deusa Bastet a deusa gata protetora das mulheres que cuidavam de crianças pequenas, e das dançarinas.

Seu culto principal dava-se na cidade de Bubast,onde um grande templo, com imagens e múmias de gato em seu louvor. Uma vez por ano, nos Festivais suas sacerdotisas entravam numa barca que descia o rio Nilo e tocavam seus snujs, cantavam, batiam palmas e queimavam incensos. No Festival da Deusa, todas as deusas protetoras das mulheres também eram reverenciadas.
Fontes: Lu e Lu Mansur e Al Jawara

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Derbak, a alma da dança


O Derbak é um instrumento de percussão, estreitamente ligado à cultura árabe, sendo também tocado em muitas regiões do sul da Europa, onde é possível encontrar a influência da cultura Árabe.
Os ocidentais geralmente relacionam este instrumento ao acompanhamento da música de dança oriental.
Este instrumento é tocado de baixo de um dos braços e o som é obtido pelo "estalar" dos dedos sobre a pele - o que lhe confere um som muito rico e particularmente sugestivo para a dança que acompanha. Obtém-se dele uma ampla variedade de sons, sendo constituído por uma pele simples de couro de peixe ou sintética. Os Derbaks podem ser confeccionados em barro ou metal.


Fonte: Nicolas Bellonis
Confira o som do instrumento numa apresentação de dança do ventre:

Benefícios da Dança do Ventre



Os benefícios da dança podem ser organizados em uma tríade de forma integrada. São aspectos: físicos, psicológicos e espirituais. Veja os mais importantes:
v Físicos:
· Desenvolvimento da coordenação motora;
· Massagem dos órgãos internos estimulando seu melhor funcionamento;
· Redução dos sintomas da TPM e das cólicas menstruais;
· Fortalecimento de vários grupos musculares (abdômen, pernas, braços, costas e glúteos e região pélvica);
· Ajuda a regular os hormônios do aparelho reprodutor;
· Ajuda a definir o corpo feminino, afinando principalmente a cintura;
· Melhora o desempenho sexual;
· Auxilia os movimentos pélvicos na hora do parto.

v Psicológicos:
· Promove o autoconhecimento;
· Desenvolve a autoconfiança;
· Ajuda a desinibir;
· Estimula o convívio em grupo

v Espirituais:

· Contribui por meio da canalização da energia vital, colocando a praticante em sintonia com o Cosmo e da descongestão dos plexos e dos chakras.


Fonte: Site de Débora Sabongi e Site Multiply

domingo, 12 de outubro de 2008

O mito da "barriguinha"


O mito da barriguinha...
Por Débora Sabongi

Este mito persegue todas as bailarinas e professoras desta área. É bastante comum ouvirmos a respeito da famosa “barriguinha que toda bailarina deve ter”. Em muitos casos, chega a gerar certo receio em iniciar a atividade.

Nós sabemos que uma atividade física não poderia estimular um aumento de células que acumulam gordura. A dança do ventre não fica fora da regra. Você é capaz de modelar seu corpo e eliminar a gordura localizada na região abdominal em alguns meses de aula. A dança lhe ajudará a queimar a gordura da região abdominal.

Apesar do nome, dança “do ventre”, ela trabalha o corpo inteiro. Diversos grupos musculares, articulações, tendões, além dos sistemas nervoso, cardiocirculatório e respiratório. Pensando agora de forma mais científica, vamos analisar a nossa respiração: quando executamos uma atividade física e usamos a respiração de forma correta, as células recebem maior oxigenação e queimam as toxinas do organismo, além de ajudar a eliminar as gorduras do nosso corpo. Em uma aula de dança do ventre, assim como qualquer atividade, é essencial que saibamos respirar corretamente durante a execução dos movimentos. Isso é algo a ser passado pela “facilitadora” em sala de aula.

Voltando a “barriguinha”.... Junto com a respiração, encontramos um outro aliado para apagar este mito: a reeducação postural. Já nos primeiros dias de aula, você receberá orientações sobre a postura correta. Alongar a coluna, encaixar o quadril para mantê-la ereta, entre outras coisas. Agora, precisamos entender que essas informações devem ser levadas conosco em todas as atividades do dia-a-dia. Não podemos esperar que em apenas uma hora de aula possamos chegar a um resultado satisfatório rapidamente.

Observe que não é só o ventre, mas geralmente costas, coluna, ombros (normalmente contraídos, em geral voltados para frente) e até a posição dos pés e joelhos não estão corretas na maioria das atividades que desempenhamos durante o dia; ao trabalhar, caminhar, mesmo durante o banho, e assim vai. O stress, o cansaço e a insônia são conseqüências dessas “falhas” diárias. O abdômen muitas vezes está relaxado e solto, quando o correto seria estar contraído, auxiliando na sustentação da coluna, deixando-a bem alinhada. (...)

Notamos que a famosa “barriguinha” nada mais é do que um deslize nosso. Nós somos responsáveis pelo nosso corpo e por nossa saúde. Devemos sempre analisar como estamos levando a vida. Criar hábitos de conduta saudáveis. Lembrar que a nossa alimentação é importante e que os maus hábitos alimentares só prejudicam nosso corpo. Esquecer as dietas mirabolantes e milagrosas. Acreditar que perder peso e emagrecer pode dar certo, mas com orientação médica e ponderação. Buscar estar de bem com a vida, com o corpo, consigo mesma. Aprender que cada dia é um degrau para alcançar o sucesso que desejamos. (...)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O mais pop dos passos

De maneira didática e simples, aprenda " o mais pop" dos passos da dança do ventre!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A ética na dança do Ventre


“Você quer saber se uma bailarina tem ética? Pergunte a ela sobre quem a ensinou. A forma como ela tratar sua primeira orientadora dar-lhe-á uma definição do caráter que ela possui.”
Jorge Sabongi

Quando falamos em ética na dança do ventre, a primeira coisa que me vem à cabeça é a bailarina que se lembra de sua professora, aquela que lhe inspirou os primeiros movimentos na dança. Algumas falam de sua primeira orientadora com euforia, com uma conotação de sonho puro.
Falam dela com orgulho, não mencionam fatores negativos ou desedificam-na (sic), pois ela foi o início de todo o envolvimento daquela bailarina com essa arte.
Pessoalmente, acredito que podem ser chamadas de mestras aquelas que estudam a dança com afinco, todos os dias, por mais de dez anos, pesquisando, viajando e buscando aprimoramento e desenvolvimento.
Ocorre no Brasil uma situação que, infelizmente, é normal no mundo inteiro: dança do ventre não é uma profissão regulamentada, e isso tira a possibilidade de obtermos um respaldo, à primeira vista, de qualquer bailarina que se diga profissional. Todas são professoras e, até que se prove o contrário, “ensinam”.Quando alguém me diz: "Sou professora de dança do ventre", eu realmente acredito. Se seu nome é novo no mercado, sabe-se que seus ensinamentos ainda são uma ligeira tentativa. Não deixam de ser. Afinal, muita gente procura algo para iniciar uma atividade profissional. Por que não dança do ventre? Se sua didática e seu talento terão condições ou não de vingar, já é uma outra estória.
O que envolve afinal a ética na dança?Basicamente, ela tem início em sala de aula e, a partir do momento em que se decide trabalhar de forma profissional com a dança, ela passa a dirigir o comportamento bailarina. Esse procedimento sugere uso constante de valores que nem sempre são observados, principalmente o respeito por todas que fazem parte deste meio. (...)
A princípio, acredito que alguns pontos fazem muita diferença em uma bailarina e, por isso, devem ser lembrados:

1 Ter um relacionamento honesto e aberto com outras pessoas que trabalham em sua área.

2 Ser pontual nos compromissos assumidos: apresentações e aulas.

3 Não discutir com o contratante. Defina claramente as condições do show antes, para não reclamar depois.

4 Evitar fofocas e boatos, infelizmente tão comuns no meio artístico.

5 Procurar compartilhar o espaço e não oferecer atrito onde quer que esteja.

6Respeitar os grupos que não fazem parte de sua esfera de trabalho.

7 Utilizar bom senso nos relacionamentos.

8 Portar-se impecavelmente com todos a sua volta, para que as oportunidades sempre venham a seu encontro.

9 Definir o valor do cachê e não mudar de idéia. Às vezes o contratante, dizendo ter preço melhor, tenta uma barganha.
Concluindo, é importante dizer e lembrar que pessoas com valores definidos e em equilíbrio são queridas e requisitadas socialmente.Vale a pena arriscar e procurar fazer para os outros aquilo que você gostaria de receber deles. Os resultados são promissores. (...)
Texto retirado do site: http://www.lulusabongi.com.br/

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Origem...



Originalmente o nome da Dança do Ventre é Racks el Sharqi, cujo significado do árabe é Dança do Leste. Posteriormente este nome foi traduzido pelos franceses como Danse du Ventre e pelos norte-americanos como Belly Dance.

Chegou ao Brasil, portanto, como Dança do Ventre, ou Dança Oriental Árabe ou ainda Dança do Leste que seria a forma mais correta de chamá-la, de acordo com a tradução do árabe para o português.
Segundo Sharazad, a pioneira da Dança do Ventre no Brasil, Dança do Leste foi o nome dado a esta dança porque “significa onde o sol nasce, de onde a mulher recebe as energias e o poder do Sol”.

A Dança do Ventre é uma dança de
origem oriental, cujo surgimento exato em termos de localização histórica e geográfica nos é desconhecida. Ou seja, não se sabe ao certo onde e nem quando a Dança do Ventre se originou. A literatura histórica sobre este assunto é escassa e duvidosa, e os poucos autores que se arriscaram a escrever sobre isso concordam. Há poucos documentos e registros que atestam o passado histórico da Dança do Ventre.

Devido à dificuldade de encontrar informações confiáveis, surgem diversas interpretações, teorias e hipóteses.A mais aceita delas diz que a Dança do Ventre surgiu no Antigo Egito, em rituais, cultos religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência a deusas.
Com movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida.

Ou seja, tratava-se de uma dança ritualística, em caráter religioso, sem apresentações em público.Essas mulheres reverenciavam as deusas que acreditavam ser as responsáveis pela vida da terra, pela vida gerada no ventre da mulher, e pelos ciclos da natureza.Há quem diga que ao dançarem as mulheres também se preparavam para ser mães, já que a movimentação da Dança do Ventre ajudava a fortalecer a região pélvica, facilitando o parto.
Dizem que quando os árabes invadiram o Egito, eles se apropriaram da Dança do Ventre e a disseminaram para o resto do mundo.

Características Antigas e Atuais
Esse caráter religioso da Dança do Ventre, a qual era realizada em rituais sagrados em homenagens à deusas, modificou-se.Raramente a Dança do Ventre hoje é praticada como um ritual religioso, mesmo que muitos ainda a vejam como uma prática sagrada.
A característica mais evidente hoje da Dança do Ventre é cultural, artística e profissional.Cultural porque ela faz parte da tradição, do patrimônio cultural de muitos países, principalmente árabes, nos quais a dança é transmitida de uma geração a outra.

No passado histórico, supõe-se que a Dança do Ventre tivesse caráter informal de aprendizagem. Ou seja, não havia escolas que ensinavam a dançar, fato que é muito diferente do que ocorre hoje.Tampouco havia preocupações quanto à sua técnica, quanto à sua forma de realização. Era basicamente uma dança de caráter sagrado praticada somente por mulheres, nas quais umas aprendiam com as outras informalmente, não necessitando de aulas para tal.

Muitos anos após seu provável surgimento, a Dança do Ventre passou por muitas e diversas influências culturais de diferentes épocas e países, e sofreu as alterações de países ocidentais onde ela chegou.
Por exemplo, podemos dizer que as suas características de aprendizagem e de realização modificaram-se bastante. Atualmente, principalmente no ocidente quando uma mulher quer aprender a Dança do Ventre, ela geralmente faz aulas, estuda, ensaia, treina. O que mostra sua característica de dança artística.


A partir do final do século XX, tem-se observado um crescente interesse do Ocidente pela Dança do Ventre, ou seja, em paises americanos como o Brasil e EUA, e em paises europeus como a Espanha, Portugal e França, entre outros. Este interesse se deve talvez ao fato de a Dança do Ventre ser muito diferente das danças praticadas no Ocidente, exigindo uma movimentação e uma estética diferentes das outras danças, assim como as características musicais.

Sobre as apresentações, ainda é importante dizer que elas ocorrem geralmente no palco destes lugares, e quase sempre com uma banda composta de muitos músicos. Geralmente cada bailarina tem sua própria banda para acompanhá-la.

TEXTO RETIRADO: www.centraldancadoventre.com.br